Caríssimo:
Hoje é dia de irmos até Matosinhos. Farturas, carrosséis, fogo de artifício, sem esquecer a visita obrigatória à Igreja. Mas para entrar melhor no espírito da festa vamos recordar como tudo terá começado:
Reza a lenda que Nicodemos, um escultor amigo de Jesus e que assistiu à sua crucificação, terá esculpido quatro imagens em tamanho real, sendo a do Senhor de Matosinhos considerada a primeira e a mais fiel ao rosto de Cristo.
A imagem esculpida em madeira oca, para esconder os instrumentos da Paixão de Cristo, foi atirada ao mar Mediterrâneo, pelo próprio Nicodemos, para escapar à fogueira, vindo ter à praia de Matosinhos, já sem um braço.
Meio século se passou, sem que nenhum artista conseguisse reproduzir o braço que faltava à milagrosa imagem de Nosso Senhor de Bouças, até então guardada e venerada pela população de Bouças. Mais tarde, uma mulher encontra, na praia de Matosinhos, um pedaço de madeira que leva para casa, para pôr a arder na lareira. Contudo, sempre que o deitava ao fogo, o misterioso pedaço de madeira saltava para fora da lareira, o que leva a filha, muda de nascença, a falar pela primeira vez, para dizer que aquele pedaço de madeira era o braço do Nosso Senhor de Bouças, ficando assim a imagem completa. Desta forma, concretizou-se mais um milagre, que deixou a população ainda mais devota.
Após a mudança da imagem para a nova igreja, construída em Matosinhos no século XVI, o Nosso Senhor de Bouças passou a ser conhecido por Nosso Senhor de Matosinhos.
E mais uma fartura não se pode enjeitar
Manuel
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