Caríssima/o:
Com cinquenta e cinco anos incompletos, faleceu, no Monte, no dia 20 de Agosto de 1928, o padre Rodrigo Luís Tavares.
Vou trazer para o Postal a parte final de um escrito de Lopes Pereira, no livro Murtosa – Gente Nossa, página 147:
«Era pela tarde de um domingo. [...]
[A]o emergir à porta da locanda do Reis onde costumava saborear aquele pingato alegreteiro de Lafões, viu espanejar-se pela estrada rente, a caminho de folguedos de danças, um rancho de rapazes do lugar, todos flamantes e pimpões em indumentas de ver-a-Joana, o risoteiro do padre [Rodrigo] gritou-lhes esta retumbante jocosidade, à laia de chalaça inofensiva e de boas maneiras:
- Aonde é hoje esse rico sorambeque, não me dizem vocês, ó seus "catrazanas"?
E pespegou-lhes nas bochechas aquela sua habitual risadinha, seca e nervosa, com cheiros a troça benigna, tão alastrante que nem gorgolejo de azeite entornado sobre peça de pano-família.
E o termo ficou...»
Manuel
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