Caríssima/o:
Saúl, Mário, João, Artur, Carlos, Quim e tantos outros, por essa altura (década de 1940!) e nestes meses frios, faziam os preparativos para mais uma safra da pesca de bacalhau.
O saco de lona que iam enchendo (meias e camisolas de lã,...) ainda esperava a vela e as roupas oleadas que secavam ao sol, erguidas em mastros improvisados. Para além do cenário inesperado pairava no ar o cheiro a óleo de linhaça que se colava às roupas que nos protegiam a pele.
E nós, o rancho da pequenada, íamos correndo pelos diversos quintais e espreitando para imaginarmos o dóri de cada um deles a ser puxado pela vela! Também vivíamos o sonho de um dia, com velas assim altaneiras e pandas, irmos a esse mar encantado onde se pescava o bacalhau!
Manuel
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