Caríssima/o:
Novembro aproxima-se do fim. Os dias cada vez são mais sombrios. As folhas já caíram. Nas lagoas da chuva as nuvens, escuras e pesadas, anunciam bátegas fortes no seu reflexo.
E o Amigo, no fim da linha, repete:
- Eu estou bem! No físico... que este novelo não me sai daqui... e aperta-me sem me deixar descansar! Sabe, você sabe!, foram mais de sessenta anos... E naquela noite, quando me levantei e lhe falei, ela não me respondeu! … Dói muito!
E já outra:
- Sabes, meu filho, o que me custa mais são estas horas em que estou sozinha... Ai a solidão! Eu bem rezo, mas nem sei se Deus me ouve!
Manuel
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