Caríssima/o:
Um dia da década de 1960, subi as escadas que levavam ao seu escritório, na rua que da Praça de Pardelhas segue para a Igreja da Murtosa. Autografou o primeiro volume das suas Notas Marinhoas e tivemos uma longa conversa que nos envolveu no amor à nossa Ria.
Sei que não me levaria a sério se dissesse aquilo que toda a gente afirmava a seu respeito e talvez até abanasse a cabeça e sorrisse …
Contudo, sempre acrescentarei, parafraseando [e adaptando] o que escreveu no quinto volume das suas Notas: ...Ninguém disse melhor, do vazio que deixava na Murtosa, que o serrador Manuel Camilo, …que, vindo do enterro, se encontrou com um amigo e concluiu as suas impressões assim: “Lá ficou o senhor Doutor... Agora quer um homem tirar o chapéu e já não vê muito a quem”.
Manuel
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