Caríssima/o:
Quando se fala em pobres e pobreza surge na minha frente a figura da Ti Tarrinca. Atarrecada, cara enrugada, com uns papéis ao peito, entrava para a cave duma casa abandonada para os lados das Portas d’Água. Como se chamava? Donde era? Como vivia? Nada, nada sabíamos e nada mais hoje sei.
E para além de conceitos e preconceitos e de discursos muito bem feitos, fico-me com a preocupação da Avó Mariana:
- Filhas, é preciso ver onde está a pobreza escondida e envergonhada. Essa é que tem de ser ajudada.
Esta preocupação era no tempo das ranchadas de pobres que percorriam ruas e caminhos à cata de algo para matar a fome que era negra.
Manuel
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