Antónia:
Nem sei como a trate.
Rapariga simples das nossas terras, fingir-se de rapaz e vestir-se como um deles, já é de admirar. Agora ir combater os ‘inimigos’ com valentia, considerada como ‘herói’, chegar a ‘comandante’, isso já é outro grau.
Curioso e intrigante é como conseguiste andar em todas essas aventuras sem descobrirem quem tu eras; foi só quando o fidalgo se quis casar contigo, tu é que revelaste que eras rapaz!
Promete contar o resto da estória o
Manuel
Senhora Professora:
Tenho guardado este postal de Natal que me escreveu no ano em que completou cem anos de vida!
Como o tempo passa! Mas é bom recordar e ter presente o quanto lhe devo. Foi o seu zelo e a sua persistência que me ajudaram a aprender as primeiras letras. Claro, tive que levar o meu banco para me sentar que as carteiras não chegavam para todos os rapazes. Mas apesar desse número exagerado tinha tempo para cada um de nós; ainda hoje me pergunto como conseguia, com a sala atulhada e as quatro classes, dar as aulas e levar alunos a exame. Vivia de facto para nós!
D. Zulmira, é seu fã o
Manuel
Anne:
Foi o Diário o teu refúgio. Para nós que o lemos foi o voltarmos para o tempo da mesa sem pão e dos aviões de S. Jacinto a voar por cima de nossas casas.
Não! Não! Não! Três vezes NÃO, aos horrores da guerra! Não queremos que esses tempos voltem! Não queremos sequer imaginar o que passastes e o fim que tivestes.
Obrigado pelo teu Diário. Pena é que a humanidade não aprenda e continue a repetir as mesmas atrocidades.
Mais uma vez: Obrigado!
Manuel
Senhoras Mestras:
Ruas do Bunheiro com o nome de Mulheres?
Lá estais vós! Mas quem se recorda das vossas pessoas e do vosso papel junto das crianças daquele tempo?
Alguns e algumas se lembrarão e nos dirão que uma era ‘má’ e a outra era ‘muito boazinha’; todos concordarão que muito reconhecidos/as estão. Eram tempos difíceis e a muitos, para além de lhes ensinardes as primeiras letras e as tabuadas, lhes limpastes o ranho e lhes destes o pão para matar a fome.
A esta recordação grata se associa o
Manuel
Ti Madalena:
A vossa casa, qual Academia, recebia e acolhia os rapazes que, com os vossos filhos, a transformavam em campo de futebol e de treinos de atletismo, caverna de piratas, palácio de príncipes, sala de ensaio e de espectáculos ou varanda para treino das baladas das serenatas.
Melodias, pancadas secas, murmúrios... gritos, algazarras, pancadarias, narizes esmurrados...
Tudo via, ouvia, contemplava, apreciava...como o sal a temperar o caldo fumegante, a dourada caldeirada de enguias, ou os rojões quentinhos, que devorávamos deliciados.
Grato, grato, grato está o
Manuel
Maria Emília:
Agradável era sempre o momento do café, reforçado em dia de festa, como é hoje o caso.
Celebremos pois o aniversário trazendo para a nossa mesa aquele convívio que sempre reinou na nossa tertúlia, com a preocupação de não haver esquecimentos nos convites.
E troquemos as lembranças da Amizade!
E recordemos as últimas cenas da telenovela brasileira (as raízes têm muita força!).
Com saudade fica o beijinho do
Manuel
Senhora Doutora:
Certamente não sabe que é muito conhecida para estas bandas. As pessoas não se interessam pela sua pessoa, o que fez na vida, quais os seus ideais.
Porém, não esquecem a sua estadia com as mulheres das nossas Gafanhas, nas secas, nos campos, … E mais: que as fotografou e escreveu sobre elas, dando-as a conhecer ao Mundo!
Sem dúvida que as nossas Mulheres lhe estão muito gratas e com elas o
Manuel